Por Weblaranja.
Saborear um vinho é sentir a essência de uma
uva. A combinação dessas essências formam
o espírito do vinho. O espírito é a personalidade,
a característica, a particularidade do vinho. Além
do sabor da uva, o processo de vinificação,
a idade da videira, a fermentação e a temperatura
são elementos que influenciam para a criação
desse espírito.
Apesar dos diferentes espíritos, dos modos de produção,
das regiões onde foram plantadas as uvas, um vinho
de variedade deve respeitar certas características,
personalidades da uva com que foi produzido. Variedade é
o termo usado para classificar um tipo de vinho. Essa classificação
é feita pelo nome da uva, pela região ou pela
propriedade. Quando se lê no rótulo o nome da
uma variedade de uva, por exemplo: O vinho da variedade MUSCAT
deve ser picante; o da variedade SAUVIGNON BLANC tem um sabor
de ervas; ZINFANDEL é temperado, com pimenta e sabores
de amoras selvagem; CABERNET SAUVIGNON é marcado por
ameixa, groselha e cerejas preta e taninos firmes. Conhecendo
o tipo de uva é possível saber o que esperar
de um vinho e avaliar a satisfação que ele pode
proporcionar.
Um mesmo tipo de uva plantada em regiões diferentes,
pode proporcionar sabores também diferentes. Dando
aos vinhos toques de sabor e aroma, que permitem uma variação
enorme. Certos vinhos se tornaram tão famosos que as
suas regiões são pontos de referência
em qualidade, sendo expressada no rótulo dos vinhos,
como uma variedade. Isso ocorre muito na Europa. Graças
a pesquisas de campo, que foram feitas em vários países,
no qual foi observado qual uva cresce melhor em determinado
tipo de solo e clima. Com isso se sabe que da região
da Borgonha as suas principais uvas são CHARDONNAY
e PINOT NOIR; da famosa Bordeaux, são as uvas vermelhas:
CABERNET SAUVIGNON, MERLOT, CABERNET FRANC, MALBEC e VERDOT;
Em Syrah é a RHÔNE; De Nebbiolo vem a BAROLO
e BARBARESCO. Outras regiões também são
famosas por produzirem diferentes estilos vinhos. Por exemplo
na Toscania, a SANGIOVESE é utilizada para fazer a
coluna vertebral do CHIANTI. Uma cópia da mesma Sangiovese
é usada para fazer o DI BRUNELLO MONTALCINO. Existe
também a nova safra que estão se tornando populares
vindo da Austrália, como Shiraz. E da América,
como exemplo, os vinhos da Califórnia e os do Chile.
Além dessas duas formas de variedades expressas nos
rótulos das garrafas, existem também os vinhos
que levam o nome de suas propriedades. Isso ocorre pelo talento
dos seus vinificares, que produz novas variedades através
das misturas de características de varidades famosas.
Na região de Bordeaux, muitos vinhos tintos contém
CABERNET SAUVIGNON, MERLOT e CABERNET FRANC; com essas misturas
os vinhos ganham mais complexidade, tanto em sabor quanto
em aroma. Expressando um espírito característico.
Por exemplo: château AUSONE, château CHEVAL-BLANC,
château ANGELUS, château LA TOUR FIGEAC, château
CHAUVIN. Esses vinhos passam por uma classificação
para garantir a sua qualidade e procedência. A chamada
"CRUS", do qual explicaremos com detalhes em outra
ocasião.
As variedades de vinho são muitas, mas quanto aos tipos
ou estilos são poucos e básicos. Os tipos mais
comuns, são definidos pelas cores do líquido
que se extrai da uva como os: Tintos, Brancos e pela mistura
dos dois: Os rosados; Definidos pelo alto teor de doçura
e állcool, que são: os licorosos; E os definidos
como borbulhantes ou espumantes.
Tinto e Branco
Nos vinhos chamados Tinto ou Branco, a cor vem do próprio
líquido da uva. Variando a sua densidade de cor, clara
ou escura, de acordo com as características da uva
ou mistura do mesmo tipo. Essa coloração seria
a "natural" e básica dos vinhos.
Vinho Rosado
O vinho Rosado é a mistura do tinto e o branco. O meio
termo entre eles, não só em coloração,
quanto em característica de sabor e aroma. O vinho
rosado pode ser feito pela mistura dos líquidos; pela
fermentação do líquido com os bagaços
da outra uva, recém espremida; ou pela prensagem das
duas uvas.
Vinho Licoroso
O vinho licoroso é caracterizado pelo alto teor de
álcool e açúcar. Geralmente tanto o álcool
como o açúcar são produzidos pela fermentação
da própria uva. A colheita atrasada ajuda com que a
uva amadureça mais do que o normal e concentre os níveis
de açúcar na sua casca. Outra maneira é
colocar a uva para secar ao sol, por dois ou três dias.
Os licorosos de Salternes usam um fungo chamado Botrytis Cinerea,
para secar os bagos da uva, aumentando assim o álcool
e o açúcar delas. Esses são os processos
que poderíamos chamar de naturais, mas existem outros
em que o vinificador produz o vinho licoroso, acrescentando
álcool e açúcar ao vinho durante a fermentação.
Dos vinhos mais famosos por esse processo, são o Porto
e o madeira, de Portugal.
Vinho Espumante
O mais famoso dos vinhos espumante é o Champanhe, na
verdade champanhe é uma variedade de um vinho espumante
da cidade de Chanpagne, na França. O varietal feito
com a uva Pinot Noir, ficou famoso pela característica
de espumar e borbulhar. Isso ocorre pela quantidade de gás
carbono, presente no vinho. O processo é feito acrescentando
açúcar ao vinho seco de alta qualidade, e lacrando
bem a garrafa. A garrafa é colocada para fermentar
a 20°C em posição horizontal, sendo girada
e aumentando a inclinação, aos poucos, para
os resíduos descer até o gargalo. O açúcar
durante o processo, se transforma em gás, aumentando
a pressão dentro da garrafa.
Listamos abaixo as uvas "Vitis Vinifera" mais famosas
e as suas particularidades:
Nome
das Uvas
Classificação das uvas por vinhos
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Tradução e Adaptação: Weblaranja.
Fonte: Wine Spectator - Extraido do livro de James Laube
"Vinho de Califórnia " com algumas adições
por James Molesworth e Demóstenes - Weblaranja;
Wine.com;
Enciclopédia Delta Larrouse; |